quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

razões

Há razões,
complexamente simples.
É ter-te
e não te poder tocar.
É sentir
e não te poder beijar.
É tocar-te
somente com palavras.
Cada traço teu
uma identificação.
Uma virtude,
um defeito,
um silêncio
que permanece
imune à distância
e a essa tua fragrância
activa e dissimulada
numa leve brisa
que te traz até mim.
Não sei o que sinto,
ai que frenesim
que me tira o sono
e me dá alento.
As palavras
por ti proferidas
são como notas
de uma música
com tons suaves
e manipuladores,
que desorientam
e contagiam
como esse teu sorriso
que enaltece
a quem passe.
Tu que vagueias,
e emerges.
Tu que dás tanto de ti,
tu que me olhas
e me sorris.
Tu que brilhas,
que deixas tanto em mim.
Cada milímetro de pele,
tanto de ti.
No meio desse silêncio ensurdecedor
cambaleia,
o desespero?
a dor?
a ânsia?
o amor?


By: Ricardo
In: 05-12-2010

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