quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Saudade

Hoje persisto
imóvel
perante uma foto tua.
Olho-a,
toco-a,
sinto-lhe o cheiro.
Sinto o corpo,
fraco,
sedento do teu.
Coração
entra em colapso,
os olhos
ficam cegos,
e eu num sufoco
com um beijo teu.
Quero um aperto,
um abraço
num regaço.
Quero teu corpo,
colado ao meu,
formando um só.
Unidos pelo
calor da paixão
e a intensidade
daquele sentimento.
A verdade,
momentânea
e nós
ali deitados naquele chão,
compacto
e frio,
num espaço
amplo,
mas vazio,
cheio de nós.
Creio
que a crença
e a ideologia
de um só corpo
completa o que falta
no outro.
Num tempo perdido,
já morto,
onde o tempo
e o sonho
ajuda a saciar
o desejo
de quando não tenho teu corpo
para possuir,
naquele
chão,
amplo
e frio.



By: Ricardo
In: 14-12-2010

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