sábado, 30 de abril de 2011

Of-line status

Num estado criticamente critico.. e com aquela vontade não fazer puto, nada. Dormir e acordar sóbrio de cansaço, mas bêbedo de lutar e vencer :) cheio de nada, vazio de muito. Os olhos que teimam em abrir, o coração que teima em se fechar. Horizontes distantes entre duas margens. Da outra margem vejo o sol brilhar, na minha só sinto o trovejar. Jogos de luz Faiscantes que criam sombras fantasmagóricas com as quais me delicio. Na penumbra vejo o teu rosto, dissipado pela luz que vai e vem. O coração cai, o chão estremece...Num sobressalto levanto e noto que tudo não passou de um sonho, tão real e tão carnal... Sonhar é amar.....

Sonhem muito.





By: Ricardo Farinha

In: 29-04-2011



um pequeno momento de inspiração em prosa..poucos viram a minha pessoa escrever assim :)

sábado, 9 de abril de 2011

Rumo

Saio à rua,

caminho em direcção a ti.

Ultrapasso a esquina

e foco-me no caminho.

Naqueles trilhos sinuosos

rumo até ti

com a intenção

de te roubar

um abraço,

um sorriso,

algum conforto.

Por vezes

tenho uma vida

sem rumo.

É como um barco

sem remos

no meio do vasto oceano.

Onde me perco,

onde ganho ânsia de alcançar

a terra,

como também quero

agarrar teu corpo.

Esses teus olhos,

que vêem

este mundo

de uma maneira mais bela.

Esse te sorriso

que me contempla

e contagia

todo o meu corpo

e me deixa numa completa nostalgia.

Corro até ti,

com medo de tropeçar

e não me conseguir levantar.

Ficar no fundo,

e não te poder ver mais.

A vida perderia

o rumo,

perdia-se também

a vontade viver.

Sem ti,

vida

já não é vida,

é apenas um puzzle

onde se encaixam as peças..

Se vida for um caminho...

então...

Rumarei até ti.



By: Ricardo Farinha



In: 09-04-2011

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Sentir...

Hoje sinto uma fraqueza,

não é dor,

nem incerteza.

Sinto falta do teu Eu,

desse teu EU,

junto ao meu.

Queria sentir esse teu olhar

orgásmico.

Esse teu toque

leve e breve

que me percorre

cada milímetro de pele.

Essa tua língua,

húmida

e sedenta da minha.

Sinto falta

de percorrer

com as ponta dos dedos,

esses teus vales e colinas

com curvas perigosas.

Sentir o desejo,

um acordar,

e aquele toque

intenso.

Aquele abraçar..

aquele beijo

com sabor a sal,

dessas tuas lágrimas

de felicidade.

Sinto falta..

de tudo o que já foi...

pior é sentir falta do que está para vir.



By: Ricardo Farinha



In: 07-04-2011

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Preso

Hoje...

as palavras

que são meras palavras,

as que aqui escrevo,

são apenas aquelas

que encontrei de forma simples,

rápida

e que expressam o que sinto.

o que muitos sentem

e se revoltam

de forma revoltosa.

Neste mundo

sem fundo

e em queda livre,

onde nada o ampara.

Nem nós,

nem eles.

Olho o mundo de forma perplexa

e cruel.

As batalhas,

as guerras

sem fundo

neste mundo

imundo

e sem fomentação.

E tu que lutas

pelos objectivos...

Sentes-te feliz??

É isso que queres?

Tu que vês

o solo a fugir

debaixo de teus pés.

De formalidade,

eles,

os bandidos,

aqueles,

os senhores,

sim esses,

os que se julgam senhores,

do mundo,

da economia.

Aqueles que fomentam a sua vida,

enriquecem,

pisam.

Aqueles que um dia,

quem sabe,

o poder, a riqueza,

não lhe traga uma vida cheia,

mas sim vazia.

Temos de gritar

REVOLTA,

e não menosprezar

as nossas aptidões,

lutar,

para vencer

e mudar

este mundo imundo

que vai e não volta.



By: Ricardo Farinha

In: 05-04-2011



este pequeno "grande" texto foi de uma inspiração inspirada nesta música dos " TRINTÕES" Xutos&Pontapés


A ti..a nós...

A ti,

que me transcendes,

iluminas cada passo que dou.

A ti mesmo,

que me vulgarizas

e repreendes.

A mim que te compreendo

e não te censuro.

A ti que me odeias

e fazes com que eu seja indiferente.

A mim

que te perdoo.

Tu que me criticas

e me rebaixas.

Eu que aceito a critica

e reformulo a Questão

para não errar.

A ti que erras

e não aceitas

um NÃO como respostas.

Tu que te incapacitas de amar,

que me destróis

e me fazes levar

as estribeiras,

mas sobretudo a mim,

que te dou o valor merecido,

não te repugno.

eu que te olhos nos olhos,

sorrio

e te abraço com firmeza.

A ti,

a mim,

sobretudo a nós

que vivemos uma comédia emocional

de delírios infindáveis.





BY: Ricardo Farinha



In: 05-04-2011

Amor

Aquele sentimento,

que nos faz viver,

numa certeza incerta.

Aquele que magoa,

vicia,

que nos faz vacilar.

que nos deixa presentes,

de forma ausente.

Pode começar num beijo,

num toque

e terminar numa cama.

Aquele sentimento voraz,

que nos torna diferentes,

duvidosos,

persistentes.

Amor,

é aquele que nos faz duvidar

das nossas certezas.

Amor,

e o teu,

o meu,

o dos outros.

Amor é amar,

apoiar.

Amor,

é apenas,

Amor.



By: Ricardo Farinha

in: 05-04-2011

Preso

Sinto-me assim

preso a esta vida,

a esta à minha.

Quero sentir-me

recluso do teu corpo,

agarrar-me,

prender-me.

Sentir as palpitações,

ter teu corpo

como meu porto de abrigo,

minha almofada.

Que o teu corpo

seja o código secreto do meu.

Quero sentir-me preso

à vida,

a ti,

ao nosso tempo,

ao momento

e a toda a magia

que me envolve.

Agarra-me,

agarra-me bem,

com emoção,

e com o prazer de me ter.

Abraça-me bem,

com fervor,

altivez.

Abraça-me,

apenas mais uma vez,

faz-me pertencer a ti,

ao teu corpo.

Faz apenas

sentir preso.

ao teu corpo,

à tua vida.



By: Ricardo Farinha



In: 03-04-2011

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Sinto...

Sinto-me envolto

num turbilhão.

Não sei quem sou,

sei quem vocês são.

Caminho pela praia

tentando encontrar explicações,

as mesmas,

aquelas.

Todas as que me fazem viver,

sobreviver de forma sombria

e a medo.

Orgulho-me do que tenho,

será que sim?

Não sei,

lutei e adquiri.

Ganhei,

perdi.

Sinto que nada sinto.

Sou feito de matéria,

da mesma da tua.

A essência,

o modulo molecular.

Sinto falta de ti,

de tudo,

por vezes julgo

que nada sou.

Mesmo não sendo muito,

sou algo.

Sou assim,

um ser.

Sinto-me fraco,

por vezes farto de lutar,

cansado,

ansioso pelo amanhã

que tarda em chegar.

Corro,

salto

e não vejo,

não sinto.

Olho as aguas cristalinas,

poluídas...

poluídas como a vida.

Faltam sorrisos,

olhares,

toques...

falta um pouco de tudo.

Hoje sou aquilo que não fui...

Amanhã não sei.

Se existo...

Sinto.





By: Ricardo Farinha



In: 01-04-2011