sexta-feira, 1 de abril de 2011

Sinto...

Sinto-me envolto

num turbilhão.

Não sei quem sou,

sei quem vocês são.

Caminho pela praia

tentando encontrar explicações,

as mesmas,

aquelas.

Todas as que me fazem viver,

sobreviver de forma sombria

e a medo.

Orgulho-me do que tenho,

será que sim?

Não sei,

lutei e adquiri.

Ganhei,

perdi.

Sinto que nada sinto.

Sou feito de matéria,

da mesma da tua.

A essência,

o modulo molecular.

Sinto falta de ti,

de tudo,

por vezes julgo

que nada sou.

Mesmo não sendo muito,

sou algo.

Sou assim,

um ser.

Sinto-me fraco,

por vezes farto de lutar,

cansado,

ansioso pelo amanhã

que tarda em chegar.

Corro,

salto

e não vejo,

não sinto.

Olho as aguas cristalinas,

poluídas...

poluídas como a vida.

Faltam sorrisos,

olhares,

toques...

falta um pouco de tudo.

Hoje sou aquilo que não fui...

Amanhã não sei.

Se existo...

Sinto.





By: Ricardo Farinha



In: 01-04-2011

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