domingo, 22 de maio de 2011

Um dia...

Um dia pensei

que nada sabia

e hoje vivo um presente

baseado num passado.

Sinto falta de um toque,

de uma troca de olhares,

de uma respiração.

Da noite

em que se fez luz,

do dia em que te vi.

Não sei se sonhaste,

talvez sim,

talvez imaginaste o dia.

Aquele dia em que diria

" gosto de ti".

Sente-se a falta,

o momento,

aquela atitude imatura,

daquele sorriso que perdura,

agora só no pensamento.

Os olhares penetrantes

como se devorassem

um Livro de Cervantes.

Sabes que é verdade,

eu não minto

e que por vezes

não mostro

o que sinto.

Um sorriso teu

que me faz parar,

sorrir

e pensar

o quanto quis

dizer " gosto de ti".

Aquelas horas

passadas a imaginar

momentos,

passa-los da teórica

à pratica.

Um dia,

ainda vou dizer

o que senti,

mas agora fico parado,

sinto o peito,

o coração inflamado.

Um dia...

um dia...

talvez um dia

saibas...

que " gosto de ti".



by: Ricardo Farinha

In: 22-05-2011

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Memórias

Abre os braços,

recebe-me

como das outras noites.

Aquelas em que estavas frágil,

desinibida,

sóbria

e livre.

Esses teus braços,

firmes

e perigosos

que me apertavam

de forma intensa.

A respiração

tornava-se ofegante,

o desejo aumentava.

O prazer

de apertar mais um pouco

e o desejo de não largar mais.

Os olhares que se cruzaram,

os sorrisos infindáveis

e aqueles toques tímidos

em que permanecerão

para sempre entranhados

na minha pele

pedaços de ti.





By: Ricardo Farinha

In: 04-05-2011